8 de Abril de 2012
Este sim é o post que eu queria escrever e que se transformou no post anterior, uma espécie de diário lamechas com direito a citações e tudo. Bem, vamos ao que interessa, no outro dia voltei a encontrar o ceguinho, amigo de uma amiga, aquele que já mencionei aqui no blog, o músico que também é massagista ou vive versa.
Vou chamá-lo R, porque ceguinho pode parecer gozo ou pena e garanto que o que eu sinto por ele não é uma coisa e muito menos a outra! A minha amiga contou-me um episódio menos feliz do R, que envolvia a minha pessoa, me fez ficar danada com ele e deixar de lhe achar assim tanta graça, mas quando voltei a ver o seu sorriso fofo e maravilhoso não consegui ficar chateada com ele e decidi dar-lhe mais uma oportunidade.
Como ele é cego e nos conhecemos, há um ano atrás, num bar cheio de gente e barulho também, decidi fazer de conta que ainda não nos conhecíamos e voltei a apresentar-me. Confesso que como ele ficou intimidado, digamos, com a minha sinceridade e talvez possa não ter ficado com uma boa impressão da primeira vez, decidi começar de novo, assim como uma espécie de déjà vu.
Pode parecer cruel, mas porque não?! Porque coitadinho é cego! Nada disso, afinal de contas é ele que quer que o tratemos como uma pessoa normal, portanto assim será. E se este déjà vu correr mal talvez da próxima vez me apresente com o meu segundo nome e fale num tom mais grave para não me reconhecer!
Acho-o um charme, um tanto ao quanto paranóico e stressado, mas isso é fruto de ser cego há apenas cinco anos ou então é a minha presença que o deixa assim! O seu ar de menino e a sua postura por vezes confusa e nervosa fazem dele a preza perfeita, quero dizer um amor, um querido que precisa de aprender a relaxar e a tirar proveito da condição que lhe foi imposta.
Não me interpretem mal, a vida foi injusta com ele, mas ele tem de enfrentar o problema de frente, esquecer os complexos e talvez até tirar alguma vantagem disso. E acreditem que se ele quisesse era um sucesso com as mulheres.
Só tem um defeito e não é ser cego. É comprometido, praticamente casado, pois é este é um defeito que pelos vistos é transversal a todos os homens que me despertam algum interesse. Parece um karma, o facto é que é uma constante na minha vida, mas não quer dizer que seja um impedimento. Se calhar é mesmo o meu karma, a minha missão, até onde sei a relação dele está péssima e a mulher quer vê-lo pelas costas e talvez eu seja a ajuda que ambos precisam!
Em tempos, uma professora disse-me que talvez a minha missão, o meu karma fosse ensinar e melhorar os homens que passam pela minha vida. Se assim for não haja dúvida de que estou a cumprir o meu karma de forma exemplar, só é pena não ter usufruto dos meus próprios ensinamentos, mas há que ser grande e altruísta e se é para o bem comum que assim seja!
O R desperta de novo em mim a vontade de fazer planos, que é como quem diz delinear uma estratégia para conseguir encontros com ele onde se torne evidente o que quero e de forma a que ele não consiga escapar. Não sei o que quero exactamente dele, o que sei é que gosto dele e que quero que ele goste de mim e depois disso logo se vê.
O meu lado inconsciente , sedento de aventura e que gosta de viver na beira do precipício pode estar a falar mais alto. Mas o que é a vida sem um pouco de emoção?!
Vamos ver como as coisas se (des)enrolam!
Até breve!
1 comentário:
Isto é muito interessante!
Fico a aguardar os desenvolvimentos... ;)
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