quarta-feira, 18 de abril de 2012

Estado de (des)Graça

12 de Abril de 2012
Hoje voltei a estar com o R e estou deliciada. Encontro-me num estado de graça tal que parece que estou a flutuar!

Acho que estou a apaixonar-me...ou não...Whatever...

Depois de ter assistido ao seu concerto pedi à minha amiga para o convidar para lanchar, se fosse eu a fazer o convite ele poderia recusar com medo das minhas intenções, que são as melhores eu garanto.

Fomos então lanchar com mais duas amigas, mas a cumplicidade foi tal que era como se estivéssemos só os dois. 

Pode ser fruto da minha imaginação, mas acho que ele gostou de conversar comigo e estava igualmente deliciado. Pelo menos desta vez não estava com pressa de ir embora, estava relaxado e a usufruir da companhia . Claro que esta mudança no seu comportamento se verificou porque desta vez eu fui comedida nos comentários e subtil nas palavras. Percebi que ele se intimida com a minha frontalidade, portanto há que mudar a estratégia para não espantar a caça.

Falei sobre aquilo que eu sabia que o faria descontrair e relaxar, a música. Ficou de tal forma entusiasmado com o tema que descontraiu e deixou-se levar. Enquanto ele dissertava sobre música eu deliciava-me com a sua expressão, o seu sorriso e toda a sua forma de ser e estar.

É maravilhoso poder olhar para ele enquanto fala, perceber cada traço do seu rosto, fixar-me na sua boca e deixar-me embriagar pelo som da sua voz, ao ponto das suas palavras perderem o som e serem apenas uma melodia de fundo. E tudo isto não seria possível se ele conseguisse ver-me!

Gosto dele, gosto muito dele, mas a minha amiga é amiga da mulher dele e pediu-me para não o seduzir porque se sente na obrigação de avisar a outra se eu persistir. Tenho um dilema...ou não... 

Eu queria virar costas, mas já não consigo, é mais forte do que eu. Sei que posso vê-lo daqui a oito dias e dou comigo a ansiar pelo reencontro, a tentar adivinhar o que lhe vou dizer, como será que ele vai reagir e já não consigo evitar.

Quero vê-lo, quero ir mais longe na nossa relação, quero ficar intima dele (ou pelo menos ter alguma intimidade) para poder dar o bote, ou seja, perceber se ele quer morder o isco. Idealizei o cenário perfeito e não descanso enquanto não o colocar em prática.

Ele, também, é massagista e o ideal era marcar uma sessão com ele, o problema é que pelos vistos ele já não faz massagens. Tem imensas marcações mas não o faz, portanto seria muito estranho aceitar fazer-me uma massagem, no mínimo levantaria algumas questões pertinentes.

Mas eu tenho de sentir as suas mãos percorrer o meu corpo, quero sentir se, também, me deseja. Não quero que me diga, nem que o insinue, quero sentir. Quero descobrir o que poderei sentir quando as suas mãos pousarem em mim, quero que ele sinta o meu desejo e que esse desejo fale com ele. Quero comunicar através dos sentidos, sem pronunciarmos uma única palavra. 

Toda a gente diz que é errado o que estou a fazer ou o que quero fazer com ele (e ainda nem comecei). Mas o que poderá haver de errado em algo tão sincero e natural?!

Estou a adorar o que ele me faz sentir, estou nas nuvens só de imaginar a possibilidade de existir algo entre nós e quero partilhar com o mundo. Toda a gente me repreende e ninguém me entende, portanto vou ter de viver isto só para mim, o que não tem piada nenhuma. De que vale ter asas se não for para voar? De que vale viver uma aventura se não podemos partilhar? 

Ainda não sei o que vou fazer, mas com certeza vou estar de novo com ele e depois logo se vê. E também existe sempre a possibilidade (ainda que remota, pois eu não brinco em serviço) de ele me rejeitar e toda esta fantasia não passar disso mesmo, uma fantasia.

Seja como for, há algo mais forte que não me deixa desistir e me obriga a levar as minhas intenções avante, portanto vou seguir o meu instinto e voar...só espero que seja para os seus braços!

Até breve!

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