quarta-feira, 9 de maio de 2012

Ai Se Eu Te Pego...Ups...Peguei



Eu não vos disse que o destino é poderoso e de nada vale apressá-lo, o que tiver de ser será e saberá ainda melhor!

Mais uma tarde a assistir a um concerto e mais uma tarde a estar com o R. Na passada quinta feira, mais uma vez o destino quis, que o R não tivesse boleia da mulher, perfeito, os deuses não podiam conspirar melhor ou então o pecado atentar pior! Imediatamente quis oferecer-me (a mim não, a boleia) para o levar a casa, mas havia um pequeno pormenor, bastante irritante por sinal, a minha amiga não deixava, pois teria de dizer à dita cuja que o marido ia ser escoltado por uma loira fantástica que não pára de dar em cima dele. 

Ora bem, para parva, parva e meia! Sim, porque isto de ter amigas é muito giro, mas quando estas vêm munidas de consciência a mais dá nisto, e não me interpretem mal porque eu adoro a S só não gosto  quando ela não pára de interferir nos meus planos. Pois bem, disse-lhe que se a fizesse sentir mais tranquila a filha dela podia acompanhar-nos e depois eu deixava-a em casa. Como não se pode ter tudo e o que Deus lhe deu a mais na consciência tirou na inteligência, assim sendo, ela concordou. A miúda, que por sinal é mais perspicaz do que a mãe e menos moralista, disse logo para eu a deixar primeiro em casa, nem foi preciso pedir duas vezes.

Nesta volta já não era preciso armar-me em pseudo gaja fixe sem qualquer tipo de segundas intenções, já tinha ganho a sua confiança e por conseguinte a certeza de que ele estava a gostar. Portanto fui directa ao assunto e comecei por lhe explicar o porquê da chavala vir connosco e afinal ficar primeiro em casa. Disse-lhe que a S não me queria deixar sozinha com ele porque achava que eu andava a dar em cima dele, imediatamente confirmei que ela até tem razão mas, também, não tem nada a haver com o assunto e perguntei-lhe se ele se sentia desconfortável (fartinha de saber a resposta, claro).

Ele disse que não estava nada desconfortável, que até achava tudo muito excitante, mas enfim tem aquele defeitozinho que já sabemos qual é, e por conseguinte não pode fazer nada. O que não quer dizer que eu também não possa... Cada um sabe de si e eu tenho muitos defeitos mas não padeço do mesmo que ele. 

Uma vez que ele não estava nada desconfortável aproveitei para testar os seus limites e pedi-lhe o número de telefone, sim porque desta vez seria estupidez esquecer-me de tão precioso detalhe. Ele deu sem grande relutância e despedimos-nos. 

Agarrei-lhe a cara para o cumprimentar e dei-lhe um beijo na boca e dois na cara. Ele não estava mesmo nada à espera e ficou super aflito, pois estávamos a escassos metros de casa dele e temia que alguém tivesse visto. Expliquei-lhe que ele não vê mas eu sim e além do mais não sou parva e verifiquei que não havia ninguém que nos pudesse ver, mesmo assim ele ficou atordoado por uns minutos e queria sair do carro o mais rápido possível.

Agarrei-lhe o braço e disse-lhe para respirar e ter calma que ninguém tinha visto, além do mais queria certificar-me de que não tinha assustado a presa antes do tempo e colocado tudo a perder. Qual quê?! Após ter inspirado e expirado fundo acalmou e sorriu, disse que eu era completamente louca e voltou a sorrir. Pronto, já está mais calmo e pronto para o segundo bote, quer dizer pronto para continuar a desenvolver a nossa amizade.

Apenas lhe dei um "selinho" como dizem os brasileiros, algo sem maldade nenhuma e demasiado inocente para o que eu tenciono a seguir, mas apeteceu-me e não consegui evitar. Depois disso não consegui tirá-lo da cabeça e ruí-me toda para não o bombardear com mensagens. 

No dia seguinte apenas enviei um sms para saber se tinha corrido tudo bem (é que a mulher ligou-lhe no meio da boleia e ele disse que a miúda nos acompanhava, só o facto de mentir já denuncia as suas intenções) ao que ele nem se dignou a responder. Fiquei sinceramente preocupada a achar que tinha havido bronca e resolvi ligar-lhe. Estava tudo bem apenas não tinha conseguido responder-me, pois a tarefa é um pouco árdua devido à sua condição, a sua voz estava descontraída, era todo sorrisinhos e até algumas piadas parvas.

Está definitivamente a gostar...e eu também...

Não há fome que não dê em fartura e se andei aí uns tempos que até paredes trepava, agora a minha vida é um filme, eu diria mesmo uma trilogia, mas mais para a frente conto-vos as outras sagas do filme.

Até breve!



Road Trip


O destino é poderoso e por muito que tentemos manipulá-lo ele vence todos os obstáculos e bate todas as probabilidades.

 A filha da minha amiga tinha um concerto em Guimarães, concerto este que era no mesmo dia em que ela actuava com o R e eu fiquei de lhe dar boleia! Claro está que eu tinha de tentar convidá-lo para me acompanhar na viagem sob o pretexto de não voltar sozinha para o Porto. Sempre que ele vem actuar tem de ir embora cedo pois a mulher é quem lhe dá boleia e, quis o destino, nesse dia ela não pôde. Aproveitei a deixa e convidei-o, e enquanto eu me preparava para disparar um cem número de argumentos plausíveis, ele aceitou de imediato pedindo apenas como troca boleia para casa. 

Ou este convite foi aceite depressa demais ou os deuses deviam de estar a conspirar a meu favor, ou então a E tinha razão ele afinal, também, está interessado! Ninguém é parvo e ele com certeza não o é, se quisesse cortar-me a conversa já o tinha feito há muito tempo. E provavelmente ele está a gostar tanto ou mais do que eu!

A boleia para lá foi célere, cerca de quarenta e cinco minutos, e formal para cá não tão célere demorei duas horas e foi menos formal, mas comedida e até muito controlada. Não fiz nenhum comentário atiradiço, pronto sou capaz de ter dito uma ou outra coisa menos séria no contexto de uma conversa séria, mas nada que o pudesse assustar. Quis que ele me visse de uma forma mais séria, que se sentisse à vontade e que confiasse em mim, pois bem resultou lindamente, no final da viagem já me confidenciava a sua vida. Já foste! Que é como quem diz, a partir daqui já não escapas.

Deixei-o em casa, despedi-me dele com dois beijos enormes na face e tocando-o o mais possível. Como ele não vê, o toque torna-se o mais próximo de um olhar mais cúmplice e sei que sempre que esbarro nele "acidentalmente" ou o toco enquanto conversamos ele percebe a tensão implícita no toque. Só ainda não aprendeu a disfarçar, pois sempre que eu o toco enquanto fala ele pára, quase para se certificar de que está a sentir correctamente, mas com o tempo, há-de melhorar.

No entanto, levei o meu papel de gaja séria e atinada demasiado ao pé da letra pois não é que me esqueci de lhe sacar o número de telefone... Imperdoável! Mas como já aprendi a não contrariar o destino nem a apressá-lo deixei ficar assim mesmo e no próximo concerto não há-de faltar desculpas para conseguir o número. 

A ver vamos...

Até breve!