Um destes dias ou melhor, uma destas noites ia a caminho de um encontro pseudo-amoroso no qual se adivinhava uma nova discussão de um problema que já está esgotado de tanto o discutir e um turbilhão de sentimentos que provavelmente me levariam a fazer algo que a razão não quer.
A caminho do mesmo, liguei o rádio do carro e o que estava a tocar? Nada mais nada menos que Brian Admas e a sua famosa "I do it for you", é que nem a propósito! Achando uma tremenda ironia do destino mudei de estação e não é que estava a passar Roxette " It must have been love" mesmo na parte do refrão! Tendo a certeza de que se tratava de uma piada divina voltei a mudar de estação e enquanto o fazia ocorreu-me o seguinte pensamento: "Que raio de músicas paneleiras que toca à noite na rádio!" E fiquei chocada comigo mesma.
Há uns tempos atrás eu era o tipo de gaja que ia na estrada a pensar no(s) desastre(s) da minha vida amorosa e a fazer um esforço descomunal para não chorar e se eventualmente passasse na rádio uma música "paneleira" eu chorava baba e ranho. Mais parecia uma comédia romântica onde a protagonista vai pela estrada fora (note-se: num dia chuvoso) e se descabela toda enquanto limpa o ranho à manga do casaco e tudo isto ao som da banda sonora mais "paneleira" e lamechas que se pode imaginar.
Talvez esteja a perder qualidades, talvez seja a vida a ensinar-me uma lição ou, pura e simplesmente, mudamos mesmo que para pior...
5 comentários:
Eu vou acreditar que continua a ser uma "gaja" romântica...é apenas romântica de uma outra forma. Durante muito tempo julguei que não era romântico,mas enganei-me...levei uma lição da vida!
Beijo e até breve!
é pa... e qual o mal de chorar?
Ao menos valeu a pena.
Chorar nao tem mal... ou tem?
O importante é chorar e saber desprender das coisas que nos fazem chorar.
Independentemente das merdices que a banda sonora da nossa vida nos traga, o importante é que tenha valido a pena. E por isto quero dizer... que tenhamos sido felizes, nem que por breves momentos: então, valeu a pena! Fodasse!
N.
As desilusões moldam-nos e fortalecem-nos mas nunca nos apaga o romantismo, esse fica latente à espera do surgir daquele amor que o volte a despoletar...
Sem querer ferir as suscetibilidades de quem me lê (um muito obrigada a todos(as)), pela primeira vez alguém viu para além da "máscara" da Jersey e consegue vislumbrar a M...
Bruno, obrigada pelos comentários, estou a ver que está a gostar da leitura!!!
Fiquei completamente rendido à forma como escreve, como liberta os seus sentimentos pelas letras e anseio por muito mais leitura da M...
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